7 principais dúvidas sobre tratamento endodôntico em dente decíduo

A ocorrência de cárie e trauma são quadros que podem trazer dor, abscesso e indicar a necessidade do tratamento endodôntico em dentes decíduos. Mas quando esse tratamento é indicado? Quais materiais utilizar? Qual protocolo seguir? Para responder a essas e outras questões, entrevistamos a Dra. Anna Carolina Volpi Mello-Moura (CRO: SP 68962), professora e odontopediatra. […]

Angelus

6 min. de leitura

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12 de março de 2021

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Tratamento endodôntico em dente decíduo

A ocorrência de cárie e trauma são quadros que podem trazer dor, abscesso e indicar a necessidade do tratamento endodôntico em dentes decíduos. Mas quando esse tratamento é indicado? Quais materiais utilizar? Qual protocolo seguir? Para responder a essas e outras questões, entrevistamos a Dra. Anna Carolina Volpi Mello-Moura (CRO: SP 68962), professora e odontopediatra.

Continue a leitura e veja as respostas para as 7 principais dúvidas a respeito desse tipo de procedimento em crianças!

1. Quais aspectos indicam a necessidade do tratamento endodôntico nos dentes decíduos?

Em relação às características clínicas e radiográficas que sugerem o procedimento, estão os dentes decíduos que apresentam lesões de cárie e de trauma. Nesse caso, obrigatoriamente, deve-se avaliar qual é o estágio de saúde pulpar, pois é possível estar diante da indicação de um tratamento endodôntico. 

2. Quais as indicações e contraindicações de um tratamento endodôntico para esses casos?

As indicações para o tratamento endodôntico de dentes decíduos são:

  • Dentes com necrose pulpar;
  • Pulpite irreversível;
  • Reabsorção interna;
  • Pólipo pulpar;
  • Reabsorções externas com infecção.

Já as contraindicações desse procedimento são:

  • Dentes que não têm remanescente dental suficiente para ser restaurado ou reabilitado;
  • Dentes que estão no final do ciclo biológico e têm mais de 2/3 de reabsorção fisiológica;
  • Dentes com suporte ósseo comprometido e com rompimento de cripta óssea do sucessor permanente.

3. Qual a importância de realizar o tratamento endodôntico nos dentes decíduos?

De acordo com a Dra. Anna Carolina, com a realização do tratamento endodôntico, é possível manter o dente decíduo no arco até a época mais próxima da esfoliação. Consequentemente, o dente continuará a cumprir funções de mastigação, fonação, deglutição, estética e oclusão.

“Além disso, muitos estudos de qualidade de vida relacionados à saúde bucal mostram que a cárie impacta negativamente essa questão. Entretanto, quando esses pacientes são tratados, há uma melhora na qualidade de vida”, completa a odontopediatra.

4. Qual é o protocolo utilizado para realizar uma pulpotomia em dentes decíduos?

A Dra. Anna Carolina explica que, para realizar a pulpotomia em dentes decíduos, deve-se estar diante de uma exposição pulpar acidental com pulpite reversível. O dente precisa estar vital, e o protocolo a ser seguido é:

  • Aplicação de anestesia;
  • Realização do isolamento absoluto;
  • Realização do acesso endodôntico;
  • Remoção do tecido pulpar coronário com curetas estéreis e afiadas;
  • Controle da hemorragia, pois, caso contrário, o profissional se vê diante de uma pulpite irreversível e o tratamento a ser realizado deve ser o endodôntico;
  • Colocação do material pulpar de escolha.

Nessa etapa, a Dra. Anna Carolina ressalta que os materiais à base de MTA têm alto nível de evidência científica e grande biocompatibilidade. “Dessa forma, o uso de materiais como MTA Angelus, MTA Repair HP ou BIO-C Repair são excelentes opções de escolha”, enumera.

Depois disso, o profissional realiza o procedimento de restauração e, na sequência, o acompanhamento clínico e radiográfico.

5. Qual é o protocolo para realizar uma pulpectomia em dentes decíduos?

No caso do protocolo para a pulpectomia, de forma geral, é importante seguir estas etapas:

  • Aplicação de anestesia e realização do isolamento absoluto;
  • Realização do acesso endodôntico adequado para cada tipo de dente;
  • Preparo da entrada do canal;
  • Instrumentação;
  • Irrigação e aspiração com substâncias auxiliares, como hipoclorito de sódio de 1 a 2,5%, EDTA-T.
  • Obturação com material de preenchimento endodôntico reabsorvível.

Instrumentação com produtos da Angelus

Em relação à instrumentação, a Dra. Anna Carolina explica que ela pode ser feita de forma manual, utilizando as limas odontopediátricas da linha Angie.

“Por serem mais curtas, facilitam a introdução no canal radicular da criança, pois não exigem que ela realize uma grande abertura de boca. Além disso, têm um bom corte. Assim, são uma excelente opção para a limpeza e modelagem do canal em dentes decíduos”, afirma a odontopediatra.

Dra. Anna Carolina relata que atendeu uma paciente de 4 anos, com comportamento difícil e que tinha que realizar uma endodontia no segundo molar superior decíduo. A criança tinha uma abertura de boca muito limitada, mas ter as limas odontopediátricas à disposição foi um diferencial, o comprimento mais curto do instrumento facilitaram o acesso ao canal.

Falando ainda em produtos da Angelus, a odontopediatra acrescenta o Dental Album (estojo para guardar os dentes de leite), que, para ela, é muito útil e lúdico. “É sensacional: uso desde sempre e é uma alegria para o profissional e para o paciente ter um material desse tipo disponível”, ressalta.

6. Quais são os maiores desafios do tratamento endodôntico de dentes decíduos?

Segundo a Dra. Anna Carolina, o grande desafio para o tratamento endodôntico em dentes decíduos é a dificuldade técnica por parte do profissional, que, historicamente, sempre foi pouco aperfeiçoada. 

Ela diz que isso acontece por ser difícil de obter dentes decíduos naturais com raízes (e sem rizólise), o que dificulta o treinamento pré-clínico por parte do odontopediatra. Nos últimos 10 anos, esse ponto tem sido melhorado por conta do surgimento dos dentes decíduos artificiais, o que facilita o treinamento prévio.

Outro ponto sobre esse procedimento é a necessidade de aumento do número de evidências científicas sobre o tema. Contudo, essa questão também tem sido melhorada por excelentes pesquisas publicadas na área.

“Tratamento endodôntico em dentes decíduos não é fácil. É preciso aumentar o treinamento da técnica, conhecer as evidências científicas disponíveis e ter experiência com a abordagem comportamental dos pacientes”, resume a Dra. Anna Carolina.

7. Quais são as 5 dicas infalíveis para obter sucesso nesse tipo de tratamento?

Confira 5 dicas para um bom resultado no tratamento endodôntico nos dentes decíduos:

  • Observar o estágio de saúde pulpar para definir o tipo de tratamento;
  • Avaliar a condição clínica do dente e se este é restaurável, já que não adianta fazer o tratamento endodôntico e não conseguir restaurar;
  • Analisar se o dente tem tecido de suporte adequado;
  • Perceber o comportamento da criança para escolher a técnica de abordagem comportamental mais adequada;
  • Ter organização do material e instrumental.

O tratamento endodôntico em dentes decíduos exige a avaliação de uma série de aspectos para a realização correta do procedimento. Nessa hora, contar com os materiais da Angelus será um diferencial para a realização das técnicas envolvidas.

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