Como reembasar pino de fibra de vidro: dicas e técnica

Você sabe o que é o procedimento para reembasar o pino? Este conteúdo responde à questão e mostra como essa técnica é realizada!

Angelus

6 min. de leitura

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26 de agosto de 2022

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A instalação de pino intrarradicular é uma opção muito utilizada para conferir suporte à uma restauração extensa. A peça auxilia na recuperação da estética e função do elemento dentário. Os pinos pré-fabricados, por possuírem tamanho padrão, muitas vezes necessitam de reembasamento. Mas você sabe como realizar essa técnica?

Para ajudar a compreender melhor esse tratamento, convidamos o Prof. Dr. André Felipe Alves Figueirôa, cirurgião-dentista e professor de Dentística e Prótese Dentária no Recife/PE, onde ministra aulas e coordena cursos de pós-graduação, como a Especialização em Dentística/Prótese, a Imersão em Resinas Compostas e a Atualização em Odontologia Estética.

Continue a leitura e aprenda mais sobre o procedimento de reembasamento de pino de fibra de vidro!

 

O que é o reembasamento do pino de fibra de vidro?

Inicialmente, é necessário entender o que é o reembasamento, uma técnica odontológica indicada para melhorar a qualidade da restauração dentária, sendo possível uma cimentação com película mais fina para diminuir as tensões geradas pela compressão entre o maxilar e a mandíbula, além de melhorar a resistência adesiva e embricamento mecânico do dispositivo à boca.

 

Para que serve o reembasamento do pino?

O reembasamento do pino é realizado para que o pino intrarradicular pré-fabricado fique mais bem adaptado às paredes do conduto, utilizando, para isso, o acréscimo de resina composta ao redor dele.

 

Quais são as melhores técnicas para reembasamento do pino?

Antes de tudo, o cirurgião-dentista deve selecionar o tipo de técnica de acordo com o diâmetro do conduto radicular de tal forma que, ao final do procedimento, o pino esteja justaposto ao canal radicular, explica o Prof. Dr. André Figueirôa.

O profissional explica que os dentes extensamente destruídos precisam ser restaurados após o tratamento endodôntico, recuperando a estética e a função do elemento na arcada.

No entanto, a depender do caso clínico, o cirurgião-dentista precisa lançar mão de um suporte adicional para a futura restauração, instalando um retentor intrarradicular. Nesse sentido, existem algumas técnicas recomendadas para reabilitar o elemento dentário:

  • A técnica com pinos acessórios (como por ex. Reforpin®): é indicada para os casos em que existe um pino principal, porém precisa-se reforçar uma raíz já fragilizada, ou, ainda, quando precisa-se de mais fibra na região cervical do elemento dentário. A técnica é a realização da cimentação de um pino principal (de maior diâmetro) juntamente com pinos acessórios (de menor diâmetro);
  • A técnica do pino anatômico ou reembasado: para casos em que existe um pino de fibra de vidro no canal radicular e não há espaço para a colocação de pinos acessórios, porém é possível identificar pequenos espaços ao redor do pino, sendo necessário o acréscimo de resina composta ao redor dessa peça (reembasamento). Essa ação é realizada para que o pino fique justaposto, isto é, adaptado devidamente ao conduto radicular com o auxílio da cimentação.

 

Quais são os materiais utilizados para reembasar o pino?

Para a realização da técnica de reembasamento, o cirurgião-dentista irá precisar:

  • Silano;
  • Adesivo;
  • Pino de fibra de vidro;
  • Resina composta;
  • Gel hidrossolúvel;
  • Fotopolimerizador;
  • Brocas para acabamento.

 

Como reembasar o pino de fibra de vidro?

A técnica do pino anatômico melhora significativamente a adaptação e a retenção dos pinos de fibra. Mas como o procedimento deve ser realizado pelo profissional? Primeiro, deve-se aplicar o silano e em seguida, o adesivo, e fotopolimerizar.

No conduto, deve-se aplicar gel hidrossolúvel para permitir a remoção do pino que foi reembasado. Após, isso, o professor orienta:

“Será aplicada uma camada de resina composta sobre a superfície do pino para copiar o formato adequado do canal radicular. Isso é superimportante para que o pino de fibra reproduza a morfologia do canal radicular do dente que receberá a futura restauração”.

O especialista também pontua que, com a técnica de reembasamento, é possível diminuir a espessura da linha de cimento durante a etapa de cimentação, e isso cria uma uniformidade na distribuição das forças transmitidas ao dente.

Tomando esse cuidado, o profissional consegue um menor efeito de contração de polimerização do material resinoso, além de diminuir o número e a dimensão das bolhas no próprio cimento resinoso, argumenta Figueirôa.


Quais pinos podem ser reembasados?

O Prof. Dr. André Figueirôa explica que, para executar a técnica do reembasamento, o tipo de pino mais indicado é o cilíndrico com retenções (Reforpost Fibra de Vidro).


Por que é necessário reembasar o pino de fibra de vidro?

O pino anatômico constitui uma nova alternativa de pinos personalizados para casos em que se necessita de um suporte adicional à futura restauração. Dessa forma, pensando na função e na estética, o mais indicado seria o pino em fibra de vidro. O dispositivo é preenchido externamente com resina composta direta, obtendo-se uma perfeita adaptação no conduto.  

Por se tratar de um pino pré-fabricado com um determinado padrão de tamanhos, muitas vezes ele não se adapta perfeitamente ao conduto previamente preparado. A técnica de reembasamento é realizada para diminuir o espaço entre o pino de fibra de vidro e as paredes do conduto, diminuindo as chances de fratura conforme a incidência de forças externas no elemento dentário.

Para quem precisa reembasar o pino de fibra de vidro, o ideal é utilizar o pino Reforpost Fibra de Vidro. O dispositivo apresenta inúmeras vantagens para o paciente, como:

  • Fácil adaptação na utilização (padronizado para brocas de Largo)
  • Alta porcentagem de fibra (80%);
  • Ótima retentividade ao conduto radicular (formato paralelo com retenções);
  • Possibilidade de visualização radiográfica (por possuir filamento metálico);
  • Facilidade de remoção, caso necessário;
  • Módulo de elasticidade próximo à dentina;
  • Maior resistência flexural;
  • Alta resolução estética.

 

Neste artigo, você conheceu as principais características do procedimento de reembasamento, que deve ser realizado com o auxílio de um pino pré-fabricado em fibra de vidro e resina composta, adaptando-o ao formato do conduto e devolvendo estética e função.

Conheça todas as opções de pinos de fibra de vidro e outras técnicas no Perfil Técnico de Pinos da Angelus:

101 comentários

  • A polimerização da resina composta é realizada somente após sua remoção do interior do conduto ou realiza-se uma pré-polimerização no interior do conduto?
    Obrigado desde já

    • Angelus

      15/09/2022

      Olá José, entre em contato com nosso SAC para respondermos sua dúvida: 0800 727 3201, ou [email protected] ou pelo whatsapp +55 (43) 9 9919-0244.

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