Pessoa física ou jurídica para dentistas?

O profissional de odontologia pode atuar como pessoa jurídica (PJ) ou pessoa física (PF). Mas qual das duas opções vale mais a pena?

Angelus

6 min. de leitura

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1 de abril de 2022

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Uma dúvida comum entre os profissionais de odontologia em relação à regulamentação da atuação é se vale a pena trabalhar como pessoa física (PF) ou pessoa jurídica (PJ). Esse também é um questionamento seu? Saiba que obter essa resposta pode ser desafiador.

Isso porque muitas pessoas não entendem de contabilidade e podem não saber o que observar para definir a melhor opção. Por essa razão, é importante conhecer o assunto para ter informações que auxiliem na tomada de decisão.

Se você quer entender a diferença entre atuar como PF ou PJ e qual opção vale mais a pena, continue a leitura e confira!

Dentista pessoa física: como funciona?

Para começar, você deve saber como funciona a regulamentação do dentista pessoa física. Nesse caso, existem duas possibilidades: CLT e profissional liberal.
A seguir, saiba mais sobre cada uma dessas alternativas!

Dentista CLT

O dentista que atua sob regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) será empregado de uma clínica particular ou um hospital, por exemplo. Nessa condição, o profissional garante todos os direitos trabalhistas previstos na legislação.

Além disso, ele tem o Imposto de Renda retido na fonte, o que dispensa a necessidade de fazer a contabilidade formal. Entretanto, o dentista passa a ter um salário fixo, o que pode ser desvantajoso, caso haja um aumento no número de pacientes e não tenha uma bonificação por atendimento.

Dentista profissional liberal

Além de CLT, o dentista pode trabalhar como pessoa física registrado como profissional liberal. Nessa situação, o dentista tem a oportunidade de ganhar mais ao aumentar a cartela de clientes. Na prática, ele será o seu próprio chefe.

Em contrapartida, o profissional deve pagar os impostos diretamente para o fisco sobre os seus rendimentos. Para o INSS, o recolhimento será de 20% sobre a renda para o INSS. Ademais, ele deve ter um livro-caixa com as despesas do consultório atualizadas, entre outras exigências para manter a regularidade da atuação.

Dentista pessoa jurídica: como funciona?

Após saber sobre como funciona a atuação do dentista pessoa física, é o momento de saber sobre a atuação como pessoa jurídica. O odontologista PJ é aquele que tem uma empresa em seu nome. Nesse caso, o profissional deve pagar os impostos de acordo com a categoria do negócio.
Geralmente, a tributação é menor se comparado à pessoa física, pois as empresas recebem incentivos do governo em relação aos custos, visando o incentivo à formalização.

Já em relação ao enquadramento fiscal, o dentista não pode ser microempreendedor individual (MEI). Entretanto, o dentista pode abrir sua empresa em outros enquadramentos, como:

● Microempresa (ME): essa opção é destinada a profissionais com faturamento menor ou igual a 360 mil reais ao ano. Além disso, ela permite o enquadramento no Simples Nacional, que gera menos impostos e reúne todos os tributos em uma só guia;

● Empresa de pequeno porte (EPP): essa classificação é válida para quem fatura mais de 360 mil reais até 4,6 milhões de reais anuais. Ela também pode se enquadrar no Simples Nacional, tendo as vantagens que esse regime oferece.

Quando vale a pena o dentista ser pessoa física?

Agora que você já sabe as características de atuação do dentista PF e PJ, é necessário entender quando vale a pena trabalhar como pessoa física. É fundamental destacar que as diferenças entre pessoa física e jurídica não se limitam aos tributos que cada categoria precisa pagar.

Na verdade, essas divergências também abrangem atribuições diárias do profissional. Ao trabalhar como autônomo, por exemplo, você pode ter maior flexibilidade de horários, maior autonomia para escolhas de projetos e se dedicar a outras atividades, se assim desejar.

Ademais, é possível ter um funcionário, mas os custos são mais altos. Por essa razão, se o seu desejo é crescer como clínica, pode ser interessante considerar outro enquadramento.

Quando vale a pena o dentista ser pessoa jurídica?

Como você viu, ser um dentista PJ pode gerar vantagens sobre o regime autônomo, por isso é fundamental saber quando vale a pena atuar como pessoa jurídica. Para tanto, você deve analisar uma série de fatores.

Em geral, a alternativa costuma ser vantajosa quando:

● o pagamento de impostos como pessoa jurídica é menor do que como pessoa física;

● há necessidade de contratação de mais de um colaborador para o consultório;

● existe a intenção de expandir a atuação, se tornando um negócio maior;

● é necessário emitir nota fiscal constantemente.

Qual é a melhor opção na odontologia?

Após saber mais sobre as classificações de atuação PF e PJ, chegou a vez de saber qual é a melhor opção para odontologia PJ. Primeiramente, é importante entender qual é a maturidade do seu negócio.

Se você está começando na profissão, pode ser mais adequado trabalhar como profissional liberal ou, até mesmo, como contratado CLT. Dessa forma, é possível ganhar experiência, criar reputação e gerar uma cartela de clientes que permita avançar no negócio.
A partir do momento que a sua carreira avança e é consolidada, será necessário comprovar renda de maneira mais estratégica. Diante do aumento de custos operacionais, pode ser interessante migrar para pessoa jurídica, pois esse enquadramento permite a redução de impostos.

O mesmo acontece diante da necessidade de contratar colaboradores. Isso porque, em uma rotina corporativa, fica mais fácil lidar com os compromissos. Já os benefícios fiscais do negócio podem ajudar em relação aos custos. Consequentemente, a classificação PJ contribui para a maior lucratividade e o crescimento em escala.

Vale saber que para decidir qual é a melhor opção na odontologia é importante buscar um suporte profissional, como o de um contador. Desse modo, você terá apoio para esclarecer dúvidas e entender qual é a classificação que funciona melhor para o seu trabalho.

Ao longo deste post, você conheceu as opções para odontologia PJ e PF e entendeu as diferenças entre elas. Agora, você tem informações relevantes que podem ajudar a tomar a melhor decisão para a sua carreira.

Quer mais dicas para ajudar a desenvolver uma clínica? Confira nosso guia para gestão de consultório odontológico para otimizar os seus resultados!

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